sábado, 17 de abril de 2010

Motivos para aprender inglês

Você ainda não fala inglês? Apesar de a China estar cada vez mais próxima de ser a maior potência do mundo, o inglês provavelmente ainda será por muitos anos a língua mais usada nos negócios. Mas além dos benefícios para a carreira, a fluência em inglês traz diversas vantagens para a sua vida pessoal, e espero que isso te motive a pelo menos pensar em estudar:

Livros
Livros são muito caros no Brasil. Com o preço de um bom livro, muitas vezes é possível comprar 2 ou 3 livros em inglês na Amazon, e isso já com o frete.

Filmes e séries
Você não suporta filmes dublados, mas também não gosta de perder a ação enquanto lê as legendas? Aprendendo a falar inglês, você não precisará de legendas para entender o que está acontecendo. E também entenderá piadas e trocadilhos que não fazem sentido em outro idioma.

Música
Você gosta de músicas em inglês, mas precisa pegar letras traduzidas para entender o que está sendo dito? Isso se a tradução fizer sentido, e há boas chances de não fazer.

Software
Atualmente quase todo software é originalmente escrito em inglês, e apenas uma parte é traduzida. Tomem como exemplo o LinkedIn. É um serviço muito interessante, que existe faz muito tempo, e só essa semana foi traduzido para o português. Neste meio tempo, que não sabe inglês acaba ficando prejudicado.

Além disso, nem toda produtora de software contrata um tradutor especializado, e o uso acaba sendo prejudicado pela tradução, pois muitas vezes é simplesmente impossível saber o que está escrito.

Notícias
Sabendo inglês, você pode ler notícias de qualquer lugar do mundo em tempo real, sem esperar algum site brasileiro traduzir. Eu, por exemplo, que gosto de tecnologia, leio sites e blogs internacionais sobre o assunto, pois nem 10% das notícias são divulgados no Brasil.

Internet
Às vezes as pessoas me pedem ajuda para procurar algo na internet, pois já gastaram horas procurando e não acharam. Nisso eu vou lá, procuro, e depois de alguns minutos retorno para a pessoa com o que queriam. Qual o segredo? A grande maioria do conteúdo da internet é em inglês, portanto suas chances de sucesso aumentam consideravelmente se você também pesquisar em inglês.


Uma curiosidade: em inglês, existe a expressão "lost in translation", que seria traduzido livremente para "perdido na tradução". Esta expressão é usada quando algo foi traduzido e perdeu totalmente o sentido original, o que infelizmente é muito mais comum que as pessoas pensam, principalmente em filmes e séries. Ironicamente, existe um filme chamado "Lost in Translation" (que, diga-se de passagem, é um dos melhores filmes de todos os tempos) que no Brasil foi traduzido como "Encontros e Desencontros", e esse nome é totalmente sem sentido, tanto com relação ao título original quanto à história do filme!

Esses são apena alguns dos motivos para aprender inglês, e claro que existem muitos outros, mas o objetivo é apenas despertar o interesse em aprender, e podem ter certeza que vale muito a pena!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Seja humilde e saiba dizer "Não sei"

Ontem foi publicado um artigo muito interessante: Saiba dizer "não". Um outro post semelhante e um pouco mais antigo é o Aprenda a dizer "não".

Muita gente não consegue dizer "não", pelos mais diversos motivos. Mas após ler o artigo, veio à cabeça uma outra situação bastante comum no dia-a-dia corporativo: pessoas que não conseguem dizer "não sei".

No trabalho e na vida todos nós recebemos todos os tipos de perguntas. E, naturalmente, para algumas nós sabemos a resposta e para as outras não. Não há vergonha nenhuma nisso, a velocidade em que o mundo produz conhecimento é milhares de vezes superior à capacidade de qualquer pessoa aprender.

Ainda assim, existem pessoas que querem mostrar para o mundo que têm resposta para tudo, e ao se depararem com uma pergunta que não sabem responder, fingem que sabem e inventam uma resposta. Isso causa uma série de problemas, que poderiam facilmente ser evitados se essas pessoas tivessem um pouco de humildade e admitissem que não sabem tudo, como tentam fazer parecer.

Portanto da próxima vez que perguntarem algo que você não sabe, considere as seguintes situações:

Você realmente não sabe a resposta, e não tem como saber
Neste caso, simplesmente peça desculpas por não poder ajudar.

Você não sabe a resposta, mas conhece quem sabe
Indique quem possa ajudar. Assumir que alguém sabe mais que você sobre determinado assunto não é sinal de fraqueza, muito pelo contrário. Também é ótimo conhecer pessoas com conhecimentos diferentes do seu. Como costumamos dizer no trabalho: "O importante não é saber, é conhecer quem sabe."

Você não sabe a resposta, mas pode descobrir
Responda que você não sabe, mas vai tentar descobrir e depois dá a resposta definitiva.

Independente da situação seja sempre sincero e humilde dizendo "não sei".

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Pense muito bem antes de publicar algo

Nos primórdios da internet, há uns 15 anos, a informação era publicada por poucos (grandes portais) e consumida por muitos (usuários).

Hoje qualquer um pode produzir e publicar conteúdo facilmente, através de sites pessoais, blogs, redes sociais, Twitter, fóruns, etc. Mas isso causou um problema sério: as pessoas acham que podem falar qualquer coisa na internet e que nada vai acontecer.

Esta semana o diretor comercial da empresa Locaweb, que é patrocinadora do time de futebol São Paulo, publicou em seu Twitter pessoal mensagens ofendendo os torcedores do time, e o pior, usando o nome da empresa. 

Após o ocorrido, o executivo apagou as mensagens e pediu desculpas aos torcedores do São Paulo. Mas era tarde demais, a internet é tão dinâmica que o conteúdo publicado tem o potencial para ser replicado milhares de vezes em segundos. E os resultados podem ser desastrosos, neste caso a demissão do diretor.


Talvez o mais grave tenha sido usar o nome da empresa, e depois do ocorrido foi publicado um excelente artigo sobre este assunto: Mensagens sobre a empresa na internet podem levar a demissão

Portanto pense muito bem antes de publicar algo na internet, já que uma vez feito isso, não existe botão desfazer.

domingo, 28 de março de 2010

Regras foram feitas para ser quebradas

Imaginem a seguinte situação: 

Uma Kombi e uma BMW qualquer estão andando na mesma estrada, cujo limite de velocidade é 100 km/h. A Kombi é um carro alto e estreito, instável, e tem somente o cinto de segurança no caso de acidente. Já a BMW é um carro baixo, estável, com diversos recursos de segurança como ABS, airbags, controle de estabilidade, etc.

Ainda assim os dois podem andar no máximo a 100 km/h, e o motivo é simples: a velocidade é estabelecida considerando os carros menos seguros, e os motoristas menos experientes.

No trabalho não é muito diferente. Existem regras que se aplicam tanto a funcionários novos quanto aos mais experientes, e tanto aos funcionários bons quanto aos ruins. Essa é uma forma de balizar o desempenho, de fazer com que todos os funcionários trabalhem mais ou menos da mesma forma, o que acaba atrapalhando os melhores.

Para não causar tanto impacto, na maioria das empresas existem regras diferentes para cada um dos níveis, onde um funcionário júnior precisa obedecer a mais regras que um funcionário sênior. Porém existem pessoas talentosas, que apesar de terem um cargo júnior são muito melhores que os de nível sênior.

E se você é um profissional bom e uma regra está atrapalhando seu desempenho? Quebra essa regra! Mas cuidado, antes de fazer isso pergunte:

Quais os riscos de quebrar essa regra? Quebrar regra sempre envolve riscos. No caso do limite de velocidade, você pode causar um acidente ou levar uma multa.

E quais os benefícios? O que você ganha se nada der errado? Os benefícios superam os riscos?

Eu sei o que estou fazendo? Só quebre uma regra se tiver certeza que sabe o que está fazendo, principalmente saber que ação tomar quando algo der errado.

Alguém além de mim pode ser prejudicado? Se alguma pessoa além de você for prejudicada se algo der errado, como seu superior, é sua obrigação envolvê-la na decisão.

Esta regra tem uma base legal? Se tiver, não vale a pena quebrá-la. Por exemplo, um funcionário não pode deixar de cumprir as obrigações de seu contrato de trabalho, caso contrário poderá sofrer uma demissão por justa causa.

Essa regra deveria existir? Existem regras inúteis, e todas as empresas as têm. Talvez seja o caso de conversar com os responsáveis para abolir de vez a regra, melhorando não só o seu trabalho, mas o de todo mundo. 

Tendo essas respostas você pode perfeitamente quebrar uma regra, mas saiba que em algum momento isso vai dar errado, afinal todo bom profissional erra.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Trocando ideias

George Bernard Shaw, um grande escritor irlandês, certa vez escreveu:

"Se você tem uma maçã e eu tenho uma maçã, e nós trocamos as maçãs, então você e eu ainda teremos uma maçã. Mas se você tem uma idéia e eu tenho uma idéia, e nós trocamos essas idéias, então cada um de nós terá duas idéias."

Indo um pouco além, pode ser que as duas ideias combinadas gerem uma terceira ideia, uma quarta, uma quinta... E quanto maior a diferença entre as ideias melhor, pois a chance de ideias novas surgirem aumenta bastante.

É impressionante a quantidade de pessoas que querem resolver todos os problemas sozinhas, mesmo que a pessoa do lado já tenha passado pela mesma situação e esteja disposta a ajudar. Mesmo Dr. House, o brilhante médico do seriado, precisa de seus colegas para fazer seus diagnósticos. *

E ao pedir ideias para pessoas de confiança é inevitável que um dia façam o mesmo, estabelecendo uma relação em que todos saem ganhando.

Na Você S/A deste mês saiu uma matéria muito interessante sobre um novo tipo de networking baseado em troca de conhecimentos e experiências. O objetivo é ter poucos contatos, mas que sejam duradouros e com base na confiança. Você pode ler a matéria aqui: Networking de qualidade

Então quando encontrar um problema, saia da sua cadeira e vá trocar ideias com os colegas!

* Esta não é a primeira nem será a última vez que eu menciono o seriado House. É brilhante, pois além de divertido dá para aprender muita coisa sobre carreira, relacionamento, trabalho em equipe, autoconhecimento, e muito mais.

sábado, 20 de março de 2010

Aponte soluções, não problemas

Há algum tempo a empresa em que eu trabalho iniciou um programa de sugestões de melhorias, que eu uso frequentemente. E meu uso sempre foi na melhor das intenções, pois procuro dar sugestões em processos que tem algo a melhorar. Mas eu nunca dei muita atenção ao efeito que isso teria na minha imagem. No máximo, imaginava que poderiam me achar um chato, alguém que ficava apontando os erros dos outros.

Até que esta semana aconteceu um fato curioso: a pessoa responsável pelos processos na empresa me mandou e-mail me elogiando, pois eu era o que mais apontava problemas nos processos. Depois de eu agradecer, ela me explicou que eu sempre dava ideias de como melhorar, ao invés de simplesmente mostrar os problemas.

Eu tirei várias lições da experiência com o programa de sugestões:

Aponte soluções, não problemas
Uma colega minha do MBA costumava dizer que seu superior sempre pedia para que quando tivesse um problema, ela apresentasse esse problema e duas possíveis soluções, caso contrário ele nem perderia seu tempo ouvindo.

Não faça críticas pessoais
Se algum processo pode melhorar, limite-se a criticar este processo, nunca a pessoa responsável. Como disse Lee Cockerell em seu livro Criando Magia: "Quando algo der errado procure uma falha no processo, não alguém para culpar."

Críticas construtivas são bem vindas
O objetivo da grande maioria das empresas é ganhar dinheiro. Se você apontar uma melhoria que pode ajudá-la a atingir este objetivo, você provavelmente será ouvido.

Não limite-se à sua área
Não fique limitado a por soluções de problemas na sua área. Às vezes as pessoas estão tão acostumadas ao seu trabalho que não percebem problemas, e alguém de fora pode fazer isso por elas.

Este exercício de procurar soluções é muito interessante, não só pelo resultado dentro da empresa mas também para seu conhecimento, pois ajuda a expandir sua visão. E você, quantas sugestões já apresentou no seu trabalho?

quinta-feira, 18 de março de 2010

É errando que se inova

Certa vez li um artigo escrito por um recrutador em que ele conta como faz a seleção dos candidatos para trabalhar em sua empresa. E uma das primeiras perguntas é a seguinte: "Qual foi o último erro que você cometeu no trabalho?"

Como vocês podem imaginar ele recebia todo o tipo de resposta, e a mais comum é o candidato responder que nunca erra. Isso pode acontecer se a pessoa for arrogante e não reconhecer seus erros, ou pior, não conseguir perceber quando erra.

Mas existe um outro tipo de pessoa, que é extremamente aversa ao risco, e por este motivo faz tudo exatamente como sempre fez com medo de errar. Este é o tipo de pessoa que podemos chamar de funcionário poupança: não corre nenhum risco e rende sempre um pouquinho no fim do mês.

Do outro lado da escala temos o inovador: aquele que sempre tenta fazer algo novo e muitas vezes erra, mas raramente desiste. Esta pessoa tem facilidade de admitir e falar sobre seus erros, inclusive podendo ter orgulho deles, pois sabe que normalmente o sucesso vem após uma série de fracassos.

Em um episódio do seriado House, o médico está conduzindo um processo seletivo para escolher sua equipe, e depois de ter sido eliminada, uma das candidatas questiona: "Por que fui demitida? Eu não fiz nada de errado!" e House responde: "Você não se arriscou, por isso não fez nada de errado".

O importante é que você calcule o risco de suas decisões, e compartilhe com seus colegas e superiores quando for o caso. As empresas sabem que erros são necessários, da mesma forma que sabem que um funcionário suficientemente maduro consegue aprender lições a partir dos erros. Portanto não tenha medo de errar achando que será demitido, ou mesmo que sua imagem seja prejudicada.

Para manter sua integridade e seu emprego, quando isso acontecer siga os seguintes passos:
 - Seja humilde e admita o erro
 - Corrija o que puder ser corrigido
 - Peça desculpas a quem tiver sido prejudicado

E lembre-se sempre: É errando que se inova!